Ana Catarina Lira
Alves nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 9 de
dezembro de 1948, filha de Aluísio Alves e de Ivone Lira Alves. Seu pai foi
constituinte de 1946, deputado federal pelo Rio Grande do Norte de 1946
a 1961, governador do estado entre 1961 e 1966, voltou a ser deputado
federal de 1967 a 1969 e foi ministro da Administração de 1985
a 1988 e da Integração Regional em 1994. Seu irmão gêmeo, Henrique Eduardo
Lira Alves, eleito deputado federal em 1970, reelegeu-se sucessivamente desde
então. Seu primo, Garibaldi Alves Filho, foi duas vezes governador do Rio
Grande do Norte, de 1994 a 2002, além de ter cumprido mandato de
senador de 1991 a 1994 e a partir de 2003.
Empresária na área do comércio, iniciou a carreira política
como vereadora em Natal, eleita em novembro de 1988 na legenda do Partido
Trabalhista Renovador (PTR), que ajudou a fundar. Em 1991 tornou-se presidente
da Fundação Promoção Social de Natal, cargo que ocuparia até 1994. Já filiada
ao Partido da Frente Liberal (PFL), em outubro de 1992 candidatou-se à
prefeitura de Natal. Concorreu com o irmão, Henrique Eduardo Alves, do Partido
do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e com Aldo Tinoco, do Partido Socialista
Brasileiro (PSB), o qual, apoiado pela prefeita Vilma Maia (1988-1992), venceu
a eleição.
Em outubro de 1994 candidatou-se a deputada federal e
obteve uma suplência. Em 1995 deixou o PFL e ingressou no Partido Liberal (PL),
tornando-se presidente do diretório municipal no ano seguinte. Em 1997, já de
volta ao PFL, assumiu uma cadeira na Câmara, ocupando a vaga de Iberê Ferreira,
que assumiu a Secretaria do Trabalho e da Ação Social no governo de Garibaldi
Alves Filho, do PMDB. Ainda em 1997 filiou-se ao PMDB. Em abril de 1998, com o
retorno de Iberê Ferreira, deixou a Câmara. Entretanto, em dezembro, voltou à
casa, sendo efetivada em virtude do falecimento do deputado Carlos Alberto de
Sousa. Em seu período na Câmara, foi membro titular das comissões de
Desenvolvimento Urbano e Interior e de Incentivo ao Turismo, e suplente da
Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
Reeleita no pleito de
outubro de 1998, iniciou o novo mandato em fevereiro de 1999 e presidiu, a
partir de março de 2001, a Comissão de Defesa do Consumidor, Meio
Ambiente e Minorias. Entre as iniciativas da comissão podem ser citadas: o
debate em torno da produção de alimentos transgênicos; a classificação da
“maquiagem” de produtos – diminuição de pesos e medidas de produtos sem redução
de preço nem advertência ao consumidor, adotada por alguns segmentos da
indústria nacional – como uma prática dolosa e criminosa; e a investigação de
uma denúncia de contaminação do solo por pesticidas, pela empresa Shell, na
cidade de Paulínia, em São Paulo. Na mesma época, foi ainda titular
da Comissão Especial sobre o Sistema Financeiro, que tratou da política
monetária adotada pelo país.
Nas eleições de
outubro de 2002, novamente se candidatou à reeleição, e obteve uma suplência.
Deixou a Câmara ao final da legislatura, em janeiro de 2003. Em agosto do mesmo
ano foi designada para dirigir o Serviço de Patrimônio da União, órgão ligado
ao Ministério da Fazenda, por indicação do irmão Henrique Alves.
Foi
casada com Ismael Wanderley, com quem teve três filhos. Seu ex-marido foi
constituinte de 1987-1988 e deputado federal pelo Rio Grande do Norte
de 1987 a 1991.
Luciana
Barbosa Arêas
(atualização)
FONTE: CÂM.
DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1999-2003); Tribunal
Superior Eleitoral. Eleições 2002; Portal Jus Brasil disponível
em www.jusbrasil.com.br/ (acesso em 15 /08/2009)
FONTE - FGV
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